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Que Estados Unidos vamos ter se, como as sondagens indicam, os republicanos conquistarem o controlo da Câmara dos Representantes e talvez mesmo do Senado?

Essa é questão que nos atormenta a todos hoje, saber como vamos estar amanhã, qual vai ser o nosso sentimento em relação ao que aconteceu aos EUA nas eleições intercalares. Todas as sondagens apontam para vitória dos republicanos. Vitória folgada na Câmara dos Representantes, menos folgada no Senado. Aos poucos, têm vindo a aparecer algumas pessoas que admitem que possa haver uma grande surpresa e os democratas conseguirem uma volta eleitoral de última hora. Mas, enfim, são só palpites e o mais provável é haver uma vitória dos republicanos. O que criará uma situação dramática. Por um lado uma eventual vitória republicana é, de alguma forma, a legitimação de toda brutalidade que tem havido nos EUA nos últimos tempos – e teve agora recentemente expressão no ataque ao marido da [líder da Câmara dos Representantes, Nancy] Pelosi. E, por outro lado, vai deixar o presidente Joe Biden, com dois anos de mandato e um grau de impopularidade alto, bloqueado no Congresso. Ele não conseguirá levar por adiante nada do seu programa.

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E isso também terá um impacto nas presidenciais de 2024, numa altura em que se fala que Donald Trump já estará a preparar o lançamento da sua candidatura.

É um pouco extraordinário que se possa falar nisto e que seja uma expectativa totalmente razoável. Mas as coisas são assim. O Partido Republicano parece completamente unido em torno de Trump. O Partido Democrata não está assim tão unido em torno de Biden. Ele fez uma campanha, deu um apoio à campanha relativamente discreto, não houve muitos candidatos a querer a companhia dele, o que é significativo. Mas, sobretudo, Biden vai fazer 80 anos, tem uma idade já avançada, logo isso pode prejudicar. Mas alguns casos anteriores mostram que os presidentes em exercício que perderam as intercalares vieram depois a ganhar as presidenciais e até as eleições para o Senado. É o caso, por exemplo, de Bill Clinton, de Barack Obama. Há exemplos para tudo.

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